Introdução
Um
conectoma é um mapa detalhado das conexões neurais do cérebro. O
termo é inspirado no termo “genoma”, e refere-se aos esforços
científicos para capturar, mapear e entender a organização das
relações neurais no cérebro.
O
conectoma humano tem um milhão de vezes mais conexões que a
quantidade de letras do seu genoma. Não se sabe ao certo quais
informações podemos obter desses dados, mas especula-se que nossas
memórias possam estar codificadas nas conexões de nossos
neurônios. Outros aspectos como personalidade, intelecto, podem
estar lá codificados.
Sebastian
Seung fez uma apresentação de divulgação científica, explicando
alguns conceitos, citando estudos passados e atuais, e tentando
mostrar a importância e relevância do tema. No fim ele chega
discutir a viabilidade de se estender a vida através da criogenia.
Seung
reforça a ideia de auto-percepção do ser. Ele sustenta que “Eu
sou mais que meus genes”, e que “Eu sou meu conectoma”. As
interações neurais viriam a explicar o que os nossos genes não
são capazes de explicar.
Um
fato que achei particularmente interessante é que, similar ao
estudo de genomas, existem muitos desafios científicos envolvidos.
Encontrar conectomas implica resolver outros problemas, incluindo
obtenção e processamento de imagens, como colorir um grafo
gigante, escaneamento em três dimensões, habilidade de fazer zoom
in/out em objetos 3d de alta resolução, processamento de
enorme quantidade de dados, etc.
Pensando
em redes complexas, considerar os genes isoladamente seria como
olhar e entender cada nó da rede em sua individualidade. Mas já
vimos que as redes codificam nas ligações entre os nós
informações e características que não podem ser explicadas
tomando como base as características individuais dos nós.